Noite do pijama e o fim da mamãe…

E foi o dia da noite do pijama sempre prometido pela mamãe e esperado pelos Hs.

Mamãe contou sobre a menina do chapeuzinho rosa, conto novo que saiu na internet. Ao final, cada um tinha de contar uma história. O primogênito começou. Eis Heitor:

“Era uma vez uma mamãe e um papai. A Mamãe era linda e deixava eu dormir na casa da vovó, da baba e brincar com o João, a Heloisa e o Rapha. Ela gosta de dançar comigo. Ela também come pizza e beija o papai, ai eles casaram. E eu sou um menino que tem a Rebecca [cachorra] que anda na rua com a gente. E eu gosto de jogar o filme do McQueen. E a gente viveu feliiiiiizzzzz para sempre. E fim!”

Aplaudimos.dragão

Foi a vez da caçula, Helena.

“Era uma vez um ‘dagão’…”

O que filha? Dragão?

“Isso mamãe, um dragão. Ele viu a mamãe e comeu! nhac nhac [e simulava mastigações e engolidas, claro]. Hummmm que delicia! O ‘dagao’ estava com fome. Mas ai ele fez assim ó [simulou cuspir] e jogou a mamãe pra fora da boca. E disse: eca, que gosto ruim! Ecaaaa. Daí a mamãe da Lolo veio e disse: vamos, pega a sua mala. Ai veio a Elis e o Elson e foram brincar lááááááááááá no ‘escorrega’. Dai a Lolo disse que ia chamar a Mel Macedo, a Mel Pires, a Olivinha e a Bia. Ai todo mundo foi no parquinho….e…fim!”

Mamãe, meio ‘assim’, disse:

Mas cadê o dragão, filha?

“Ele tá agora com dor de barriga, mamãe”.

 

FIM (da mamãe)

Pérolas Rápidas

Eis que selecionamos algumas “pérolas rápidas” para animar o fim de semana

Pipi X “piliquita”

Heitor: mamãe, eu não posso segurar muito meu xixi senão meu pipi explode e vira uma “piliquita”

“Datena feelings”

Mamãe: Helena, vamos logo que estamos atrasadas. Pega logo o guarda-chuva

Helena: Bobagem, mamãe, não vai “chuvê”

Elogio fora de hora

Heitor: ai, mamãe, a “enena” é tão linda…

Helena: fica quieto, totó. Eu to fazendo cocô.

 

 

 

 

Helena e a cerveja

cervejaSexta-feira pós escola. Helena entra no carro e a primeira coisa que fala é

“Mamãe, eu quero tomar cerveza”. Sim, assim, com som de Z.

A mamãe diz que é cerveJa, com J. E estranha, já que nunca falamos sobre a bebida, apesar de achar que ela deve ter visto ou ouvido em alguma festa.

“Mas por qual motivo você quer tomar isso, filha? É coisa de gente grande”, diz a mamãe

“O Elson toma mamãe”, responde (Elson tem 3 anos, como ela).

“Certamente não, filha”, rebate a mamãe

“O que é cerveja, mamãe?”, pergunta Heitor

“É o negócio que o Elson toma, totó. Ele diz que o papai dele toma”, argumenta Helena

“O papai do Elson toma, filha, ele não”, reforça a mamãe

“O que é cerveja, mamãe!?!?! é sorvete?”, insiste o primogênito.

“Não, Heitô, é de colocar na mamadeira”, retruca a irmã.

Em meio àquele bate-boca líquido, a mamãe já se sentia perdida, e esbraveja:

“Nenhum de vocês dois tomará cerveja. É uma bebida, filho, e é bem ruim”, diz

“Ahhh, mas então por que Elson toma?” , questiona Heitor.

“Ele não toma, filho. Só o papai dele”, argumenta pela enésima vez a mamãe.

“Mamãe, eu quero suco de ‘molango’. Compra cerveZa pro papai. Assim ele pode soltar pum”, busca encerrar o papo a caçula.

“Não, enena, se o papai tomar cerveja ele vai explodir de pum”, tenta explicar o irmão.

“Eca, totó. Que nojo. Você é cueca”, fala Helena iniciando mais um papo sem nexo.

“Cueca com pum”, completa Heitor…

e a conversa sem nexo toma forma. Mas sem cerveja. Felizmente

🙂

 

Dia de vacinação: Ele…e ela

Eis que chegou o dia da vacinação contra a gripe. Fomos todos ao posto. Mamãe, Heitor, Helena e a amiga-vizinha Maria, que também toma a vacina por conta da idade. Ao chegar ao posto, Maria foi a primeira a ser vacinada, até para estimular os pequenos a não terem medo.

Heitor estava todo pirilampo, pulando, brincando, fazendo a irmã sorrir alto dentro do posto. Foi o primeiro a entrar na salinha da injeção. Helena ficou fora, com Maria, brincava e se distraia. Mamãe sentou com Heitor no colo. tentou virar o menino para algum lado que não visualizasse as injeções. Até aí, tudo corria bem. Quando veio a picada e o grito:

AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH.

Nisso ele se mexeu e interrompeu a injeção, cuja aplicação ficou pela metade. A partir daí se deu o stand up do terror com o menino. Ele cambaleava, pulava, se mexia, gritava dentro do posto. A vacina teria de ser refeita, agora com metade apenas. A aplicação se daria novamente, no mesmo braço, mas em outro ponto. Aparece outro medico. Além da mamãe, mais três pessoas para segura-lo. O menino gritava:

SOCORROOOOOOOOOOOOOO.vacina

Quando conseguimos dar a injeção, ele dizia: chega, chega, já deu, babando, obviamente. Um show. Parou o posto.

Mamãe pensou: Deus do céu, e agora a irmã? Ouviu tudo, será a mesma novela dramática.

Heitor saiu da sala. Foi com Maria, chorando. Veio Helena. O médico teve o mesmo raciocínio da mãe e ficou ali, ao lado. A caçula sentou no colo da mamãe. Duas enfermeiras a distraiam. Nem precisava. Ao lado direito, o médico aplicou a vacina. Ela olhou para ele, pra cima, do tipo: “já aplicou”? Médico riu, muito.

Sim, era um olhar de desdém. Dois segundos. Tudo acabou. Todos diziam o quanto ela era forte, e se mostraram absurdamente impressionados, ainda mais pós cena do irmão mais velho.

Uma das enfermeiras –a que Heitor olhou com leve ódio pós vacinação– disse: “Você é linda e muito forte. Parabéns”.

Eis que Helena responde, sem falsa modéstia.

“Eu sei, não dói nada”, sorrindo e fazendo “bruuuu” com a língua pra fora em forma de brincadeira.

E daqui um mês tem a segunda dose….

O pum do Hulk…

hulkHeitor: “Mamãe: você sabia que o Hulk solta pum?”
Mamãe, tentando ser fofa e amenizar para o super herói
“não, filho, não solta. Ele é super herói”.
Heitor, contrariado: “Ele peida sim, mamãe. Ele, o Thor, o Super Homem, o Homem aranha…’tudo’ eles peidam.
Mamãe, sem reação, só podia responder:
“Tá. Então eles soltam pum”.
Heitor: você também, mamãe. Mas o seu não é ‘fedido’.
Eis a questão da Mamãe: ri ou lamenta?

Heitor: consultor e orientação para auto estima

Na volta para casa, uma aula de galanteador mesclado com auto estima elevada.

Heitor: Mamãe, sabia que a Sofia fez um coração pra mim?

Mamãe: Ah é? ela que disse que fez para você?

Heitor: Não, era de massinha. Ela não disse, mas sei que era pra mim.

Mamãe: Mas filho, ela precisa te dar, oferecer.

Heitor: Não, mamãe, a Sofia, a Julia e a Ana Luiza me amammmm (com ênfase no m mesmo)

Mamãe: (rindo) Mas como você sabe disso?

Heitor: Elas adoram quando vou de gel no cabelo. Passa gel no meu cabelo todos os dias?

Mamãe: Claro, filho. Passo. Mais alguma coisa?

Heitor: “pefume”, mamãe. Elas adoram quando “tô cheiroso”. Elas ficam me cheirando.

Mamãe: Tá bom, filho. Mais alguma exigência?

Heitor: não sei o que é esse negócio que você falou, mas ‘pá mim tá bom’.

 

FIM
Em tempo, Heitor tem 4 anos, bem como as amigas citadas.

Morte de John F. Kennedy na visão de Helena Diana Silva

kennedyAssistindo a nova versão da Escolinha do Professor Raimundo, no Canal Viva, quando o professor Raimundo aborda com o personagem Rolando Lero como foi a morte do presidente norte-americano John Kennedy.
A mamãe preparava o leite noturno das crianças com a ajuda da Helena. Ela, por sua vez, adentra à sala com o leite do irmão e o dela. Entrega o dele. Pega o dela para sentar-se no sofá, quando o professor Raimundo pergunta, pela ultima vez:

“Rolando Lero, o presidente americano foi a…”

“MALUCOOOOOOOOOOOO. Maluco!! Pronto”

Helena arrematou a pergunta com a melhor resposta da história!

FIM

 

 

Bronca na vovó “distraída”

Ai a vovó ia viajar e, antes, resolveu falar com os netos por telefone.

Heitor conversou. Helena, idem.

Telefone retornou para o Heitor e a vovó comentou que estava vendo TV.

Assim deu-se a conversa…e a bronca!

Heitor: O que você está fazendo?

Vovó: Vendo Tv, Heitor. Assistindo o jogo do São Paulo e Santos

Heitor: Quanto está o jogo vovó?

Vovó: 1 a zero

Heitor: e quem fez o gol?

Vovó: Não sei.

Heitor: Vovó, tem que ficar mais atenta, prestar atenção. Você não pode ficar assim vendo sem ver direito! presta atenção na próxima vez. Que coisa!

 

 

Inglês na ponta da língua

E voltando pra casa…

Heitor: Aquele carro é red, mamãe.

Mamãe: Isso! Parabéns.

Heitor: eu sei falar ‘ingleiiiss’. Aquela loja é blue.

Mamãe: Isso! Parabéns, filhão.

Heitor: o tênis da ‘enena’ é…é…é… como chama essa cor do tênis da enena, mamãe?

Helena: CHULÉ, totó. Chama Chu-léééé!

FIM

Foi sem querer. Ou não…

Dias atrás, Helena pisou na mão do irmão. Claramente foi sem querer, uma distração. Ele começou a chorar, resmungar, não por ter doído, aparentemente, mas pelo susto.

Eliza, a tia de alma e coração que eles mais gostam, disse:

“Calma, Heitor, a Helena pisou sem querer. Já passou. Foi sem querer, né Helena?”.

“Não foi não”, responde a caçula.

 

FIM

1 2 3 4